sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Onde tudo começou...

No dia 11 de Dezembro de 2008, Meu avô Sebastião Marques de Liz Pai do meu Pai faleceu.


Ele começou a sentir dor alguns meses que quando foi para o hospital de onde ele morava os médicos colocarão sangue nele e seu sangue sumia dentro de 2 dias.

Quando resolveu ir a outro hospital por que a situação dele piorava cada vez mais descobriu que possuía câncer Gástrico, câncer no começo do estômago e de tão avançada à ferida corrompia todo o sangue para ela. Os médicos deram 2 opções para meu avo, ou ele fazia uma operação e colocava um cano que desviasse do tumor maligno para ele poder se alimentar ou ele ficava em casa com a família e morria da fome. Ele decidiu fazer a operação, mas os médicos não conseguiram fazer nada estava tudo tomado pelo maldito e então após a cirurgia ele viveu 8 dias.
Enquanto ele estava no hospital meu Pai e seus irmãos se revezavam para cada dia um dormir La. No dia 10 de Dezembro foi o dia de meu Pai ficar cuidando dele de dia, meu Pai contava para gente que meu avô já não conseguia mais falar e meu Pai conversava com ele mais para ele responder ele tinha que apertar forte na Mao do meu Pai. Meu Pai disse que ele fez muitas coisas para meu Avô e não teve chance de abraçar ele enquanto ele estava vivo e pedir perdão, então ele começou a conversar com meu avô e ele disse: Pai você tem raiva de mim em alguma coisa?Perdoa-me por tudo que eu fiz.

O rosto de meu avô começou a cair lagrimas e ele apertou a Mao do meu Pai e balançou a cabeça que não ele não tinha raiva nenhuma e ele perdoava meu Pai.

Meu Pai disse que ele conversou com ele tanto como nunca havia conversado antes da sua morte, mas pelo menos os dois ficaram em paz.

Quando chegou de madrugada umas 4 horas da manha do dia 11 meu avô começou a sentir falta de ar e ele berrava para minha Tia e meu Tio que ele não queria morrer, e apertava forte na Mao dos dois, o medico veio e colocou um remédio da veia dele e ele foi com Deus.

Ele não agüentava mais de tanta dor e angustiou a morte tanto.

Meu Pai foi o mais abalado, ele no velório não conseguiu entrar só na ultima hora antes de igreja e de ele ser enterrado.

Minha Vó sofreu um monte, pois dali para frente ela etária sozinha na hora da igreja ela tomou o microfone do Padre e disse coisas tão lindas, que eles eram uma família feliz, que tinham 9 filhos, 11 netos e 2 bisnetos. Que eles se amaram muito e que ela nunca ia deixar de amá-lo.

Ali eu acho que foi a parte mais triste de tudo aquilo, ver o desespero dela a tristeza a vontade de ele estar ali conosco.

E dali em diante começou nossa tristeza.
(uma fotinho do meu Avo, fazendo palhaçadas como sempre.. Saudades Vo )

Seus Trabalhos


Meu Pai teve muitos empregos, trabalhou em várias empresas.Trabalhava para nos ajudar, para nos manter e para ajudar minha mãe.

O ultimo emprego dele ele ficou se não me engano 10 anos, Egamim era o nome da empresa que ele trabalhava. Ele trabalhava com minério naquelas maquinas que derrubam terra, nossa ele amava o que fazia às vezes ele ate ficava triste quando chovia por que sabia que não teria como trabalhar.

E eu já não via a hora que chovia pra ele vir pra casa ficar com a gente.
Alguns empregos dele ele trabalhou como puxador de toras entre outros.

Na época que ele saiu daqui de Apiúna eu tinha uns 11 anos, ele ficava a semana inteira fora e vinha de final e semana. Ele não tinha outra opção, pois aqui nunca teve uma renda muito boa e como a família era grande então não teve outro jeito se não ele sair de cidade.

E assim foram 52 anos ele teria hoje (teem)e metade só da sua vida foram vividos.

Ele trabalhou, e trabalhou passou a vida inteira trabalhando para construir o que temos hoje e que concerteza foi do suor de seu trabalho e da minha mãe é claro que também trabalhou um tempo para ajudá-lo.

Posso dizer que todos os Patrões que meu Pai teve ao longo de sua vida nunca nenhum pode reclamar algo dele, todos sempre sim admiravam sua capacidade e vontade de trabalhar e a confiança também, nunca meu Pai mexeu em algo que não era seu e sempre nos disse o mesmo.

Ele cansou de dizer pra mim: “Um dia você irá fazer algumas entrevistas de emprego onde as pessoas colocaram dinheiro debaixo da mesa onde esteja a sua vista, para testas sua confiança e sua honestidade. Nunca mexa no que não é seu e é isso que você deve levar para o resto da sua vida.”

Já aconteceu comigo, e nunca me esqueço como se fosse hoje ele me falando e foi uns dos vários ensinamentos que eu posso citar aqui... e que levarei pela minha vida inteira!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Família

(casamento com minha Mãe)
Desde pequena meu Pai sempre amou a família, dava tudo pela gente cada coisa que ele pensava era para um futuro com a gente.


Ele sempre se incomodou com nós os filhos, aliais quem é o Pai que não se preocupa com sua família.Mas sua maior preocupação seria que a gente não passasse fome, não se perdesse nas drogas, não roubasse.Tudo que todo Pai de família se preocupa quando já tem filhos maiores.
(Nossa Família, Eduardo, Edemundo Junior, Helano, Lurdes e Edemundo Pai )

Meu Pai tem 7 irmãos fora 2 que já morreram quando crianças. Acho que essa família do meu Pai é um dos maiores exemplos que a gente podia ter. Sempre unidos, falando besteiras nunca vi eles brigarem. Meu Avó então nem se fala, eles dois sempre brincando,sempre que eu chegava la ele me chamava de Xuxa. A muito tempo meu irmão teve um relacionamento que não deu certo por sinal, mas a a ex namorada do meu irmão não teve o amor de Pai que nós todos ganhamos, então ela se apegou a ele de tal forma que passou a ser uma filha pra ele e uma integrante da família.


( a família do meu Pai, todos os seus irmãos, minha Vó, meu Avo.)

Meu Pai

Meu Pai, sempre foi um homem forte, desde pequena ele sempre dizia que para derrubar ele não era fácil.



Meu Pai, sempre foi um homem forte, desde pequena ele sempre dizia que para derrubar ele não era fácil.




Metade da sua vida inteira ele só trabalhou, deixou a família para conseguir um emprego e sustentá-la.



Ele trabalhava fora de casa, vinha cada 15 dias e olha La, quando não passava todos os finais de semana trabalhando pela gente.



Ele saiu de casa quando eu tinha 12 anos, e voltou com 18 anos quando soube da sua doença inesperada. Para trabalhar ou meu Pai ia de ônibus quando vinha ver a gente ou de carona com os amigos dele, mas nem o ônibus nem os amigos iam até onde ele trabalhava porque era muito longe.



Ele parava num trevo que tem aonde se vai para Lages em Pouso redondo, e La ele ficava como um andarilho esperando algum caminhão entrar para pedir carona.



É a vida do meu Pai não foi fácil.



Ele foi quem construiu minha casa, quem construiu nossas vidas, ele quem me deu meu estudo, quem me deu essa vida que eu tenho hoje.



A única parte boa de ele ficar tão fora de casa, era SAUDADE. Quando era de sábado que estava chovendo (eu rezava pra que chovesse todo final de semana), ele vinha por que onde ele trabalha é minério e quando chove não tem nada pra fazer então ele vinha. Pegava a Catarinense e vinha todo sábado às 22h20min horas. Eu o esperava na frente de casa chegando com aquela bolsinha... Sempre Feliz, rindo, me chamando de minha perereca... E beijando e matando a saudade com minha Mãe.



É o amor de meu Pai e minha Mãe era lindo, não posso dizer que eles nunca brigaram, mas posso contar nos dedos de uma Mao quantas vezes eles brigaram e se brigaram foi por contas, mas nunca como eu via ai fora entre casais. Eles se amavam muito.